O PSDB do Estado do Mato Grosso do Sul está esperando uma decisão do diretório para decidir a direção rumo às eleições do próximo ano. Porém, alguns líderes do partido, já analisam uma possível saída caso a decisão da cúpula nacional não seja prol aos interesses do grupo.
De acordo com informantes ligados ao partido, se acaso a direção nacional do partido realizar aliança exclusiva com o Podemos, uma parte dos tucanos podem migrar para o PSD ou Republicanos. A aliança não traria vantagens estratégias, para as principais lideranças do PSDB, desta forma o partido ficaria com pouca base financeira e também tempo para as propagandas eleitorais
No momento, o PSD e Republicanos ocupam posições de relevância no cenário político brasileiro. O PSD conta com 42 deputados federais eleitos em 2022, dividindo a quinta colocação com o MDB. Já os republicanos estão na sexta colocação, com 41 parlamentares eleitos. Desta forma, por ter uma estrutura mais robusta, os tucanos sul-mato-grossenses ficam atraídos, e planejam distribuir suas candidaturas entre essas siglas.
No Mato Grosso do Sul, o PSD é comandado pelo senador Nelsinho Trad, mas as articulações ganharam força com a visita de Gilberto Kassab, presidente nacional do partido, que convidou o governador Eduardo Riedel (PSDB) para se filiar à legenda. Já o Republicanos, liderado no Estado pelo deputado Antônio Vaz, também aparece como uma alternativa para os tucanos que buscam um novo rumo.
Embora o ex-governador Reinaldo Azambuja tenha sinalizado interesse em se filiar ao PL em troca do apoio de Jair Bolsonaro (PL) à candidatura de Beto Pereira (PSDB) em Campo Grande, o partido não está entre as opções mais consideradas pelo grupo. Outra sigla que desperta atenção é o PP, porém, a influência da senadora Tereza Cristina na legenda dificulta que tucanos assumam o comando no Estado.
Nos próximos dias, a definição do PSDB nacional sobre seu futuro deve acelerar as articulações no Mato Grosso do Sul, podendo resultar em uma saída expressiva de filiados no Estado.