O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado da sua função nesta quarta-feira (23) após operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União que investiga fraudes em benefícios concedidos a aposentados e pensionistas.
Stefanutto é alvo de buscas. Ele é servidor de carreira do INSS desde 2000 e filiado do PSB, indicado ao cargo pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Segundo interlocutores do Executivo, além de Stefanutto, o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, também foi afastado. Ao todo, seis servidores públicos foram afastados durante a operação. Segundo a PF, a fraude no INSS partiu de entidades que representavam os aposentados e pensionistas.
Na prática, elas descontavam irregularmente parte de mensalidades associativas aplicadas sobre benefícios previdenciários. Até o momento, no entanto, a polícia não detalhou como funcionava o esquema.
A operação é considerada uma das mais importantes e delicadas da PF. Em MS, a ofensiva acontece em Campo Grande. A operação cumpre 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$1 bilhão e seis mandados de prisão temporária.
Os alvos estão no Distrito Federal, Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.